No Hotel 11.1 – localizado na ilha isolada de Sulug, na Malásia –, os quartos são pequenos bangalôs modernos espalhados delicadamente por todo o sítio, interferindo o mínimo possível na belíssima paisagem da ilha. Essas construções repousam no terreno, camufladas pela exuberante vegetação local.

Assim, quando se olha a ilha do mar e da praia, não é possível distinguir os quartos incrustrados na montanha e o verde natural.Se os quartos ocupam as áreas altas da topografia, os usos coletivos se estabelecem próximo do mar, em direta conexão com a praia. Essas atividades sociais foram reunidas em volumes desenhados com linhas puras e unidas por um eixo longitudinal de circulação, materializado por em deck de madeira.

Em uma das pontas desse eixo fica o cais para a chegada e partida dos barcos. Percorrendo o deck, atinge-se uma pérgola de madeira que abriga a recepção. O eixo atravessa esse edifício, passa pela piscina e cruza um volume elevado sobre pilotis-palafitas, onde – no primeiro andar – fica o restaurante. O mesmo percurso linear chega então até a praia e, pouco adiante, na outra extremidade, termina em uma pequena capela sobre as águas.

Outro percurso, com trajetória orgânica e escondida pela floresta tropical, sobe a montanha e conecta todos os quartos – pequenas cabanas modernas, construídas com materiais como concreto, bambu, vidro e madeira. A estrutura utiliza elementos pré-fabricados que devem ser finalizados in loco. Essa solução permite racionalizar o difícil processo de construção no local isolado.

Para a implantação e orientação dos quartos, buscou-se a maior privacidade possível, valendo-se da densa vegetação e do maior distanciamento possível das construções. Há vista total do mar em todos os quartos, de todos os ambientes, incluindo a cama e os banheiros, bem como a piscina e o deck.

A arquitetura privilegiou a orientação leste, por ter a melhor vista, isolamento e aproveitar bem a direção do vento para conforto térmico. No topo da ilha, está o spa, inteiramente aberto para uma magnífica vista. As áreas de serviço e suporte estão localizadas na parte noroeste da ilha em volumes independentes, perto do cais para facilitar a chegada dos produtos. Respeitando o ambiente local, o projeto utiliza princípios sustentáveis radicais com aproveitamento total de insumos e geração de energia de fontes totalmente renováveis.

Gabriel Kogan

HOTEL 11.1

local > sulug island . malasia
projeto > julho . 2013
área construída > 4.620 m2
-
arquitetura > studio mk27
autor > marcio kogan
co-autor > eduardo gurian . gabriel kogan
equipe de comunicação > carlos costa . laura guedes . mariana simas

No Hotel 11.1 – localizado na ilha isolada de Sulug, na Malásia –, os quartos são pequenos bangalôs modernos espalhados delicadamente por todo o sítio, interferindo o mínimo possível na belíssima paisagem da ilha. Essas construções repousam no terreno, camufladas pela exuberante vegetação local.

Assim, quando se olha a ilha do mar e da praia, não é possível distinguir os quartos incrustrados na montanha e o verde natural.Se os quartos ocupam as áreas altas da topografia, os usos coletivos se estabelecem próximo do mar, em direta conexão com a praia. Essas atividades sociais foram reunidas em volumes desenhados com linhas puras e unidas por um eixo longitudinal de circulação, materializado por em deck de madeira.

Em uma das pontas desse eixo fica o cais para a chegada e partida dos barcos. Percorrendo o deck, atinge-se uma pérgola de madeira que abriga a recepção. O eixo atravessa esse edifício, passa pela piscina e cruza um volume elevado sobre pilotis-palafitas, onde – no primeiro andar – fica o restaurante. O mesmo percurso linear chega então até a praia e, pouco adiante, na outra extremidade, termina em uma pequena capela sobre as águas.

Outro percurso, com trajetória orgânica e escondida pela floresta tropical, sobe a montanha e conecta todos os quartos – pequenas cabanas modernas, construídas com materiais como concreto, bambu, vidro e madeira. A estrutura utiliza elementos pré-fabricados que devem ser finalizados in loco. Essa solução permite racionalizar o difícil processo de construção no local isolado.

Para a implantação e orientação dos quartos, buscou-se a maior privacidade possível, valendo-se da densa vegetação e do maior distanciamento possível das construções. Há vista total do mar em todos os quartos, de todos os ambientes, incluindo a cama e os banheiros, bem como a piscina e o deck.

A arquitetura privilegiou a orientação leste, por ter a melhor vista, isolamento e aproveitar bem a direção do vento para conforto térmico. No topo da ilha, está o spa, inteiramente aberto para uma magnífica vista. As áreas de serviço e suporte estão localizadas na parte noroeste da ilha em volumes independentes, perto do cais para facilitar a chegada dos produtos. Respeitando o ambiente local, o projeto utiliza princípios sustentáveis radicais com aproveitamento total de insumos e geração de energia de fontes totalmente renováveis.

Gabriel Kogan