O fluxo de pedestres pelo eixo da Afonso Pena – entrando no nível da avenida (cota 846.00m) – continua livremente até o edifício existente da rodoviária (cota 847.40m), à noroeste do terreno.

Não há interrupção no percurso do térreo da cidade; apenas uma leve inclinação de 2% no piso da praça – imperceptível ao pedestre – que possibilita assim chegar “em nível” à rodoviária. Um leve gradil metálico no piso faz a conexão entre a praça cívica e a rodoviária.

A praça coberta, com alto pé-direito de 7m, acolhe as pessoas dentro do terreno do Centro Administrativo: um vão de 60m sem pilares que pode ser usado independente das condições climáticas para atividades cívicas; um espaço para livres manifestações de cidadania, sejam festas ou atividades políticas. O piso é de placas de concreto, resistentes para o uso cotidiano; já o forro é de madeira, intensificando a sensação de aconchego do espaço público. Por não ter contato direto com água de chuva, esse tipo de forro tem baixa manutenção.

Enquanto o térreo é deixado inteiramente livre, a res pública, e abriga fluxos urbanos, incluindo a transposição feita por uma passarela lateral que sai da mesma cota da praça coberta e cruza o Ribeirão Arrudas; os fluxos de entrada para o Centro Administrativo acontecem por uma nova rua inferior de pedestres (cota 843.20m) que conecta transversalmente a Rua Paulo de Frontin e a Saturnino de Brito. Além de costurar o tecido urbano do entorno essa solução permite animar as ruas laterais transformando elas também em organizadoras do projeto. Isso é possível porque, ao mesmo tempo em que a praça sobe para buscar a cota 847.40m da rodoviária, as ruas laterais descem em direção ao Ribeirão Arrudas.

O entorno próximo do edifício foi remodelado para incorporar a nova sede de forma precisa no tecido urbano. Ao fim do eixo da Av. Afonso Pena, um sistema de calçadas e leito carroçáveis acontece todo em um mesmo nível, reduzindo a velocidade de circulação dos veículos e integrando o eixo de pedestres à nova praça cívica coberta. O projeto original da Praça Rio Branco – com seu belo desenho de piso – deve ser recuperado, mesmo que as árvores existentes sejam mantidas. Todas as jardineiras elevadas do entorno devem ser rebaixadas quando a vegetação permitir a fim de deixar o solo da região em um mesmo nível, sem barreiras de circulação. A área disponível na quadra da antiga Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, foi deixada livra para futuras expansões ou construção de um centro comercial.

Por fim, uma nova passarela de pedestres – conectada a estação de trem e as ruas nos níveis inferiores – foi projetada fazendo a transposição do Ribeirão Arruda, perpassando a rodoviária, até atingir a praça cívica do centro em sua porção nordeste.

Studio MK27

EDIFÍCIO ADMINISTRATIVE CENTER

PROJETO REALIZADO PARA CONCURSO
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local > belo horizonte . mg . brasil
projeto > julho . 2014
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arquitetura > studio mk27
autor > marcio kogan
co-autor > gabriel kogan . giovanni meirelles . marcio tanaka
equipe de arquitetura > constanza cortes . lair reis . renata furlanetto
equipe de comunicação > carlos costa . mariana simas
equipe de interiores > eline ostyn . pedro ribeiro

O fluxo de pedestres pelo eixo da Afonso Pena – entrando no nível da avenida (cota 846.00m) – continua livremente até o edifício existente da rodoviária (cota 847.40m), à noroeste do terreno.

Não há interrupção no percurso do térreo da cidade; apenas uma leve inclinação de 2% no piso da praça – imperceptível ao pedestre – que possibilita assim chegar “em nível” à rodoviária. Um leve gradil metálico no piso faz a conexão entre a praça cívica e a rodoviária.

A praça coberta, com alto pé-direito de 7m, acolhe as pessoas dentro do terreno do Centro Administrativo: um vão de 60m sem pilares que pode ser usado independente das condições climáticas para atividades cívicas; um espaço para livres manifestações de cidadania, sejam festas ou atividades políticas. O piso é de placas de concreto, resistentes para o uso cotidiano; já o forro é de madeira, intensificando a sensação de aconchego do espaço público. Por não ter contato direto com água de chuva, esse tipo de forro tem baixa manutenção.

Enquanto o térreo é deixado inteiramente livre, a res pública, e abriga fluxos urbanos, incluindo a transposição feita por uma passarela lateral que sai da mesma cota da praça coberta e cruza o Ribeirão Arrudas; os fluxos de entrada para o Centro Administrativo acontecem por uma nova rua inferior de pedestres (cota 843.20m) que conecta transversalmente a Rua Paulo de Frontin e a Saturnino de Brito. Além de costurar o tecido urbano do entorno essa solução permite animar as ruas laterais transformando elas também em organizadoras do projeto. Isso é possível porque, ao mesmo tempo em que a praça sobe para buscar a cota 847.40m da rodoviária, as ruas laterais descem em direção ao Ribeirão Arrudas.

O entorno próximo do edifício foi remodelado para incorporar a nova sede de forma precisa no tecido urbano. Ao fim do eixo da Av. Afonso Pena, um sistema de calçadas e leito carroçáveis acontece todo em um mesmo nível, reduzindo a velocidade de circulação dos veículos e integrando o eixo de pedestres à nova praça cívica coberta. O projeto original da Praça Rio Branco – com seu belo desenho de piso – deve ser recuperado, mesmo que as árvores existentes sejam mantidas. Todas as jardineiras elevadas do entorno devem ser rebaixadas quando a vegetação permitir a fim de deixar o solo da região em um mesmo nível, sem barreiras de circulação. A área disponível na quadra da antiga Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, foi deixada livra para futuras expansões ou construção de um centro comercial.

Por fim, uma nova passarela de pedestres – conectada a estação de trem e as ruas nos níveis inferiores – foi projetada fazendo a transposição do Ribeirão Arruda, perpassando a rodoviária, até atingir a praça cívica do centro em sua porção nordeste.

Studio MK27