A Casa Cubo configura uma espécie de antítese dos projetos anteriores do studio mk27: em vez da procura pela beleza por meio de proporções leves e esbeltas, aqui a ideia foi desenhar usando a massa e peso. Além disso, não há um “jogo” de volumes, mas um monolito de concreto com aberturas traçadas na fachada, como subtrações de materiais.

No térreo, a sala constitui um embasamento em negativo que faz a casa se suspender quando as portas deslizantes de chapas perfuradas estão abertas. Assim a área coletiva se prolonga em continuidade ao exterior e a fatia inferior subtraída expõe então a estrutura de esbeltos pilotis redondos.

Já no segundo pavimento, onde o concreto reafirma sua densidade, as janelas evidenciam o programa interno. Para os quartos, são três aberturas do mesmo tamanho, voltados para a piscina, e uma para o fundo, da sala de TV. No terceiro andar, está a suíte principal e o escritório – um vazio que perpassa todo o andar, como um paralelepípedo subtraído do concreto.

A Casa Cubo cria um diálogo com a tradição da arquitetura moderna de São Paulo – o brutalismo de arquitetos como Paulo Mendes da Rocha e Vilanova Artigas. Mas a aspereza radical das obras dos anos 60 decanta aqui em espaços macios que priorizam, ao contrário dos projetos antecessores, critérios como o conforto, funcionalidade e habitabilidade. Mantém-se o uso do concreto armado aparente e a arquitetura feita por blocos maciços por fora.

Esse projeto retoma ideias já desenvolvidas pelo studio mk27 na Micasa VolB (2006-2007) – um anexo de uma loja de móveis que incorporava na obra acabada, de forma bem humorada, visualizações de processos construtivos usuais da chamada Escola Paulista.

Gabriel Kogan

CASA CUBO

local > são paulo . sp . brasil
projeto > outubro . 2008
conclusão > julho . 2012
terreno > 900 m2
área construída > 540 m2
-
arquitetura e interiores> studio mk27
autor > marcio kogan
co-autora > suzana glogowski
interiores > diana radomysler
equipe de arquitetura > henrique bustamante . maria cristina motta
equipe de interiores > anna hellena villela . suzana glogowski
equipe de comunicação > mariana simas
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construtora > fairbanks & pilnick
engenharia estrutural > gilberto pinto rodrigues
paisagismo > isabel duprat
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fotógrafo > fernando guerra

A Casa Cubo configura uma espécie de antítese dos projetos anteriores do studio mk27: em vez da procura pela beleza por meio de proporções leves e esbeltas, aqui a ideia foi desenhar usando a massa e peso. Além disso, não há um “jogo” de volumes, mas um monolito de concreto com aberturas traçadas na fachada, como subtrações de materiais.

No térreo, a sala constitui um embasamento em negativo que faz a casa se suspender quando as portas deslizantes de chapas perfuradas estão abertas. Assim a área coletiva se prolonga em continuidade ao exterior e a fatia inferior subtraída expõe então a estrutura de esbeltos pilotis redondos.

Já no segundo pavimento, onde o concreto reafirma sua densidade, as janelas evidenciam o programa interno. Para os quartos, são três aberturas do mesmo tamanho, voltados para a piscina, e uma para o fundo, da sala de TV. No terceiro andar, está a suíte principal e o escritório – um vazio que perpassa todo o andar, como um paralelepípedo subtraído do concreto.

A Casa Cubo cria um diálogo com a tradição da arquitetura moderna de São Paulo – o brutalismo de arquitetos como Paulo Mendes da Rocha e Vilanova Artigas. Mas a aspereza radical das obras dos anos 60 decanta aqui em espaços macios que priorizam, ao contrário dos projetos antecessores, critérios como o conforto, funcionalidade e habitabilidade. Mantém-se o uso do concreto armado aparente e a arquitetura feita por blocos maciços por fora.

Esse projeto retoma ideias já desenvolvidas pelo studio mk27 na Micasa VolB (2006-2007) – um anexo de uma loja de móveis que incorporava na obra acabada, de forma bem humorada, visualizações de processos construtivos usuais da chamada Escola Paulista.

Gabriel Kogan