O Pavilhão Brasileiro na Expo 2015 transporta o visitante em uma viagem para conhecer as tecnologias por trás da produção agrícola no país.

Em vez de múltiplos conteúdos em pequenos dispositivos, aqui temos uma ideia sintética e emblemática, em que o edifício é mais do que mero suporte para a exposição; é a própria experiência imersiva da visita.
O elemento principal da expografia é a Estufa de Vidro, um grande jardim suspenso com plantações de diferentes tipos de alimentos, de várias regiões do país. Dentro dessa Estufa o visitante poderá explorar os solos, climas e plantações existentes no Brasil, e apreender as tecnologias implementadas na agroindústria do país atualmente, fazendo com que a exposição seja não só interativa, mas, acima de tudo, sensorial, cheia de descobertas. Painéis digitais traçam um raio-x em tempo real da plantação e dispositivos móveis pessoais constroem um ambiente de realidade ampliada, por meio de um aplicativo espacialmente desenvolvido.

Antes de caminhar por esse espaço vivo, o visitante passa por um prólogo, um lugar de concentração dentro do percurso. Como se viajasse através de uma ponte de Einstein-Rosen – antes de adentrar no tempo-espaço das plantações –, o visitante assiste a histórias retrospectivas dos alimentos, histórias contadas de trás para frente, do prato de comida até o lugar de cultivo. Isso se passa em um Cubo de Led – preenchido em suas faces internas por grandes projeções de narrativas ficcionais, arquetípicas do consumo de alimentos brasileiros, e que se interlaçam de forma sincrônica em um cinema expandido.

O posfácio da exposição, no final do percurso, é o próprio restaurante, onde é possível provar pratos brasileiros que ilustram as narrativas da primeira sala e que estão plantados na estufa. Mais do que um lugar de “comida-típica”, o restaurante explora a diversidade de preparos e receitas a partir ingredientes cultivados no Brasil. Tanto a cozinha no térreo quanto o balcão de frente para o salão são usadas para aulas gastronômicas.

O Pavilhão Brasileiro na Expo 2015 leva o visitante a um passeio por um pedaço do solo brasileiro, com seus inúmeros tipos de grãos, cereais, frutas, verduras e legumes; um lugar em que as mais avançadas tecnologias catalisam a produtividade já anunciada na carta que noticiava a chegada europeia no Brasil, a terra onde “dar-se-á nela tudo”. A concepção arquitetônica do Pavilhão Brasileiro é indissociável da exposição; assim propomos um edifício que seja o próprio conteúdo: todas as instalações do edifício são aparentes , fazendo da construção uma grande máquina de produção de alimentos.

Como nos históricos jardins botânicos cobertos da Europa , com suas antigas matas tropicais, o Pavilhão Brasileiro na Expo 2015, em seu jardim agrícola na estufa de vidro suspensa do último piso, formula uma realidade imersiva, em seu clima e ambiente interno.

A estrutura leve de pórticos sequenciais de madeira – costelas espaçadas a cada 1,5m –, de fácil montagem e desmontagem, sustenta as caixas metálicas penduradas, funcionando também como brise-soleils para criar uma gigantesca pérgola, um filtro de luz em todo o espaço.

A complexidade espacial do edifício se desenvolve sob essa sombra, onde a disposição dos volumes configura vazios de diferentes alturas e tamanhos. As costelas de madeira podem ser perpassadas livremente pelos visitantes, formulando uma permeabilidade total entre os espaços cobertos e descobertos.

Studio MK27

PAVILHÃO EXPO BRASIL 2015

projeto > janeiro . 2014
terreno > 4.133 m2
área construída > 3.980 m2
-
arquitetura > studio mk27
autor > marcio kogan
co-autores > gabriel kogan . giovanni meirelles . marcio tanaka . maria cristina motta
equipe de arquitetura > carlos costa . mariana simas
equipe de interiores > constanza cortes . eduardo chalabi . eduardo glycerio . lair reis . renata mori

O Pavilhão Brasileiro na Expo 2015 transporta o visitante em uma viagem para conhecer as tecnologias por trás da produção agrícola no país.

Em vez de múltiplos conteúdos em pequenos dispositivos, aqui temos uma ideia sintética e emblemática, em que o edifício é mais do que mero suporte para a exposição; é a própria experiência imersiva da visita.
O elemento principal da expografia é a Estufa de Vidro, um grande jardim suspenso com plantações de diferentes tipos de alimentos, de várias regiões do país. Dentro dessa Estufa o visitante poderá explorar os solos, climas e plantações existentes no Brasil, e apreender as tecnologias implementadas na agroindústria do país atualmente, fazendo com que a exposição seja não só interativa, mas, acima de tudo, sensorial, cheia de descobertas. Painéis digitais traçam um raio-x em tempo real da plantação e dispositivos móveis pessoais constroem um ambiente de realidade ampliada, por meio de um aplicativo espacialmente desenvolvido.

Antes de caminhar por esse espaço vivo, o visitante passa por um prólogo, um lugar de concentração dentro do percurso. Como se viajasse através de uma ponte de Einstein-Rosen – antes de adentrar no tempo-espaço das plantações –, o visitante assiste a histórias retrospectivas dos alimentos, histórias contadas de trás para frente, do prato de comida até o lugar de cultivo. Isso se passa em um Cubo de Led – preenchido em suas faces internas por grandes projeções de narrativas ficcionais, arquetípicas do consumo de alimentos brasileiros, e que se interlaçam de forma sincrônica em um cinema expandido.

O posfácio da exposição, no final do percurso, é o próprio restaurante, onde é possível provar pratos brasileiros que ilustram as narrativas da primeira sala e que estão plantados na estufa. Mais do que um lugar de “comida-típica”, o restaurante explora a diversidade de preparos e receitas a partir ingredientes cultivados no Brasil. Tanto a cozinha no térreo quanto o balcão de frente para o salão são usadas para aulas gastronômicas.

O Pavilhão Brasileiro na Expo 2015 leva o visitante a um passeio por um pedaço do solo brasileiro, com seus inúmeros tipos de grãos, cereais, frutas, verduras e legumes; um lugar em que as mais avançadas tecnologias catalisam a produtividade já anunciada na carta que noticiava a chegada europeia no Brasil, a terra onde “dar-se-á nela tudo”. A concepção arquitetônica do Pavilhão Brasileiro é indissociável da exposição; assim propomos um edifício que seja o próprio conteúdo: todas as instalações do edifício são aparentes , fazendo da construção uma grande máquina de produção de alimentos.

Como nos históricos jardins botânicos cobertos da Europa , com suas antigas matas tropicais, o Pavilhão Brasileiro na Expo 2015, em seu jardim agrícola na estufa de vidro suspensa do último piso, formula uma realidade imersiva, em seu clima e ambiente interno.

A estrutura leve de pórticos sequenciais de madeira – costelas espaçadas a cada 1,5m –, de fácil montagem e desmontagem, sustenta as caixas metálicas penduradas, funcionando também como brise-soleils para criar uma gigantesca pérgola, um filtro de luz em todo o espaço.

A complexidade espacial do edifício se desenvolve sob essa sombra, onde a disposição dos volumes configura vazios de diferentes alturas e tamanhos. As costelas de madeira podem ser perpassadas livremente pelos visitantes, formulando uma permeabilidade total entre os espaços cobertos e descobertos.

Studio MK27