A arquitetura minimalista deriva de uma forma complexa: por fora, o novo museu de Guggenheim em Helsinki é uma elipsoide em madeira, tranquilamente repousando sobre o cais; por dentro, explode sua espacialidade em vários níveis, utilizando plenamente as dimensões da sua casca – de 127m por 68m e 16,30m de altura.

A noção de formas geométricas puras com fins arquitetônicos habita o imaginário da era moderna, de Étienne-Louis Boullée à Oscar Niemeyer.

A referência à construção naval dialoga com o sítio de frente para o mar. Sucessivos pórticos de madeira e concreto definem a forma do objeto, como um navio. Mas, ao contrário de um barco convencional, o convés é coberto pela mesma geometria do casco – aqui invertida –, como se a amurada cobrisse toda a embarcação. Molda-se então um navio com duplo casco. Diferente de como faz tradicionalmente a engenharia naval, os cascos se sustentam verticalmente tencionando a clássica relação tectônica da arquitetura entre terra e céu.

A forma elipsoidal da construção permite uma mancha de ocupação grande, sem obstruir a visão da paisagem, nem a circulação do térreo. Assim o entorno forma-se como praça, a ser usada como espaço expositivo público para instalações.

A envoltória é tratada como parte do projeto, inclusive com áreas de sombras criadas pelo volume elipsoidal. O edifício se mantem mais baixo que os entorno, respeitando a escala da cidade, mesmo que, no interior, salas expositivas consigam atingir um pé direito de até 10,70m. O passeio público, voltado para o mar, é animado por atividades como o café, aberto inteiramente para o promenade marítimo público.

Para adentrar ao espaço, o visitante desce uma suave rampa, sem romper a geometria do elipsoide; adentra pela quilha. Proteção no nível 3,1m resguarda todo o perímetro do edifício contra a água. A entrada é feita por um hall de distribuição. Do lado leste, o café e o restaurante; do lado oeste, a loja.

Ambas as atividades estabelecem uma conexão direta com exterior – podendo funcionar independentes do museu – e criam um encontro de dois eixos perpendiculares que se cruzam dentro do edifício, no centro do solene hall de entrada. A circulação vertical é feita por um sistema de rampas de alta capacidade de fluxo, que chega até a nave expositiva, onde o visitante encontra o surpreendente espaço.

O convés coberto abriga o grande espaço expositivo, organizado em uma planta oval de 125m por 65m sem a interferência de nenhum pilar no centro. O espaço versátil – com pé direito alto de 10,70m no centro – pode ser reorganizado conforme a projeto expográfico, incluindo grandes instalações.

Espaços abertos se adaptam às diferentes necessidades da arte moderna e contemporânea e podem ser particionado por volumes fechado caso preciso. A continuidade do espaço possibilita versatilidade. Sucessivos pórticos oferecerem um ritmo e modulação de 5m nesse piso.

Sistema espacial exibitivo – com placas de vidro suspensas nos arcos por cabos de aço – permite a possibilidade de continuidade visual da arquitetura em mostras convencionais.

Os requisitos de certificação LEED são atendidos por 3 estratégias criativas de sustentabilidade: a fachada inteligente, o power annex e o corte transversal sustentável.

Studio MK27

MUSEU GUGGENHEIM HELSINKI

PROJETO PARA CONCURSO
-
local > helsinque . finlândia
projeto > setembro . 2014
área construída > 12.701 m2
-
arquitetura > studio mk27
autor > marcio kogan
co-autor > constanza cortes . gabriel kogan . marcio tanaka . renata furnaletto . samanta cafardo
equipe de arquitetura > eduardo chalabi . eduardo glycerio . giovanni meirelles . lair reis . maria cristina motta . renata mori
equipe de comunicação > carlos costa . mariana simas

A arquitetura minimalista deriva de uma forma complexa: por fora, o novo museu de Guggenheim em Helsinki é uma elipsoide em madeira, tranquilamente repousando sobre o cais; por dentro, explode sua espacialidade em vários níveis, utilizando plenamente as dimensões da sua casca – de 127m por 68m e 16,30m de altura.

A noção de formas geométricas puras com fins arquitetônicos habita o imaginário da era moderna, de Étienne-Louis Boullée à Oscar Niemeyer.

A referência à construção naval dialoga com o sítio de frente para o mar. Sucessivos pórticos de madeira e concreto definem a forma do objeto, como um navio. Mas, ao contrário de um barco convencional, o convés é coberto pela mesma geometria do casco – aqui invertida –, como se a amurada cobrisse toda a embarcação. Molda-se então um navio com duplo casco. Diferente de como faz tradicionalmente a engenharia naval, os cascos se sustentam verticalmente tencionando a clássica relação tectônica da arquitetura entre terra e céu.

A forma elipsoidal da construção permite uma mancha de ocupação grande, sem obstruir a visão da paisagem, nem a circulação do térreo. Assim o entorno forma-se como praça, a ser usada como espaço expositivo público para instalações.

A envoltória é tratada como parte do projeto, inclusive com áreas de sombras criadas pelo volume elipsoidal. O edifício se mantem mais baixo que os entorno, respeitando a escala da cidade, mesmo que, no interior, salas expositivas consigam atingir um pé direito de até 10,70m. O passeio público, voltado para o mar, é animado por atividades como o café, aberto inteiramente para o promenade marítimo público.

Para adentrar ao espaço, o visitante desce uma suave rampa, sem romper a geometria do elipsoide; adentra pela quilha. Proteção no nível 3,1m resguarda todo o perímetro do edifício contra a água. A entrada é feita por um hall de distribuição. Do lado leste, o café e o restaurante; do lado oeste, a loja.

Ambas as atividades estabelecem uma conexão direta com exterior – podendo funcionar independentes do museu – e criam um encontro de dois eixos perpendiculares que se cruzam dentro do edifício, no centro do solene hall de entrada. A circulação vertical é feita por um sistema de rampas de alta capacidade de fluxo, que chega até a nave expositiva, onde o visitante encontra o surpreendente espaço.

O convés coberto abriga o grande espaço expositivo, organizado em uma planta oval de 125m por 65m sem a interferência de nenhum pilar no centro. O espaço versátil – com pé direito alto de 10,70m no centro – pode ser reorganizado conforme a projeto expográfico, incluindo grandes instalações.

Espaços abertos se adaptam às diferentes necessidades da arte moderna e contemporânea e podem ser particionado por volumes fechado caso preciso. A continuidade do espaço possibilita versatilidade. Sucessivos pórticos oferecerem um ritmo e modulação de 5m nesse piso.

Sistema espacial exibitivo – com placas de vidro suspensas nos arcos por cabos de aço – permite a possibilidade de continuidade visual da arquitetura em mostras convencionais.

Os requisitos de certificação LEED são atendidos por 3 estratégias criativas de sustentabilidade: a fachada inteligente, o power annex e o corte transversal sustentável.

Studio MK27