Partindo de 670 metros lineares de 3 linhas idênticas, o projeto surge como um percurso intencional e propositivo ao conteúdo abrigado, tratando o espaço como uma experiência artística fechada e colocando-se com um caráter de curadoria.

Este processo foi materializado com a utilização de elementos construtivos empilháveis gerando, além dos espaços em sí, uma textura com efeito óptico. Foi buscada uma peça que fosse além da construção civil e que constituísse, tanto individualmente quanto no seu agrupamento, um objeto de arte, transformando um pavilhão num espaço plástico e enriquecendo-o com movimento, luz e emoção.

Os blocos cerâmicos funcionam de forma similar às paredes de concreto. Ao invés de formar uma parede retangular, a estrutura cerâmica gera, através de curvas matematicamente calculadas, uma superfície curva e arredondada, unidades que possibilitam o auto-empilhamento.

A parede produzida, quase que totalmente opaca, possui vazios sutis entre os elementos que revelam a luz à medida que o visitante passa por ela.

Studio MK27