A predileção por proporções horizontais das fachadas acabam por gerar também espaços internos com pé direitos baixos. Mas parece difícil dizer aqui qual pressuposto vem antes: em oposição à monumentalidade dos pés direitos duplos – e contrariando o senso comum – a arquitetura do studio mk27 logo percebeu, experimentalmente, que o forro baixo trazia uma sensação prazerosa de aconchego, de acolhimento.

Na maioria das obras do escritório, a espacialidade então não seria obtida por grandes vazios verticais, mas pela própria proporção horizontal reproduzida no interior. A história da arquitetura nos oferece exemplos análogos como as casas de Rudolph Schindler e Richard Neutra produzidas nos Estados Unidos ou as construções de Alvar Aalto na Finlândia.

Na Casa V4, o pé direito não passa de 2,50 m e a própria presença do forro é evidenciada pela textura do concreto aparente da delicada laje que define as áreas socias.

Os caixilhos, dos dois lados da sala, podem ser completamente recolhidos, constituindo uma integração entre o jardim frontal, a sala e o pátio dos fundos. Na cobertura desse volume, um grande deck funciona como solário. Na caixa de madeira de onde sai a laje de concreto, ficam os dois quartos voltados para o jardim.

Gabriel Kogan

CASA V4

local > são paulo . sp . brasil
projeto > abril . 2009
conclusão > outubro . 2011
terreno > 1.300 m2
área construída > 600 m2
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arquitetura e interiores> studio mk27
autor > marcio kogan
co-autoras > diana radomysler . renata furlanetto
interiores > diana radomysler
equipe de arquitetura > fernando falcon . gabriel kogan . oswaldo pessano
equipe de interiores > fabiana cyon . renata furlanetto
equipe de comunicação > mariana simas
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construtora > alle engenharia
engenharia estrutural > pinto rodrigues
paisagismo > isabel duprat
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fotógrafo > nelson kon

A predileção por proporções horizontais das fachadas acabam por gerar também espaços internos com pé direitos baixos. Mas parece difícil dizer aqui qual pressuposto vem antes: em oposição à monumentalidade dos pés direitos duplos – e contrariando o senso comum – a arquitetura do studio mk27 logo percebeu, experimentalmente, que o forro baixo trazia uma sensação prazerosa de aconchego, de acolhimento.

Na maioria das obras do escritório, a espacialidade então não seria obtida por grandes vazios verticais, mas pela própria proporção horizontal reproduzida no interior. A história da arquitetura nos oferece exemplos análogos como as casas de Rudolph Schindler e Richard Neutra produzidas nos Estados Unidos ou as construções de Alvar Aalto na Finlândia.

Na Casa V4, o pé direito não passa de 2,50 m e a própria presença do forro é evidenciada pela textura do concreto aparente da delicada laje que define as áreas socias.

Os caixilhos, dos dois lados da sala, podem ser completamente recolhidos, constituindo uma integração entre o jardim frontal, a sala e o pátio dos fundos. Na cobertura desse volume, um grande deck funciona como solário. Na caixa de madeira de onde sai a laje de concreto, ficam os dois quartos voltados para o jardim.

Gabriel Kogan