A Praça Zózimo do Amaral localiza-se no extremo oeste da Praia do Leblon no Rio de Janeiro, no encontro das Avenidas Niemeyer, Delfim Moreira e da Rua Visconde de Albuquerque. Propomos para o lugar um deck que acompanha a topografia natural do terreno, projetando-se em direção ao Oceano Atlântico para alcançar uma bela vista da orla do Leblon e de Ipanema. Como sugestão de intervenção urbana procurou-se um desenho limpo e eficiente, com uso mínimo de elementos, especialmente elementos verticais que marcariam a paisagem. O espaço vazio é o estruturador do espaço público.

Para a permanência no lugar e estimulo de usos, foram criadas regiões de sombras através de duas linhas de árvores. Sob elas, dois bancos lineares são lugares convidativos para a leitura de um livro ou um piquenique.

Na parte Oeste da praça, o canal de águas não deve desaparecer e sim ser valorizado como um espaço tradicionalmente belo nas cidades históricas. Próximo do calçadão um bicicletário encerra a ciclovia das praias da zona sul. Em direção ao mar, o deck acompanha o leve declive do terreno com uma arquibancada e rampas laterais. Propõe-se que este espaço sirva como auditório a céu aberto, possivelmente como cinema: a tela e o projetor podem ser embutidos automaticamente no piso.

O vazio da praça pode ser preenchido pelos usos cotidianos e esporádicos. Um conjunto de mobiliário móvel estimula a permanência no lugar. Esses móveis ficam presos ao deck em ferragens específicas e podem ser reorganizados com uso de uma chave mestra. Essas travas de seguranças estão posicionadas modularmente ao longo da praça.

A iluminação esboçada sugere o uso dos próprios elementos da praça como refletores. As árvores rebatem a luz vinda do piso e os bancos tem uma linha de luz contínua. O mesmo acontece nos degraus da arquibancada. No final do píer, a iluminação vem de dentro do deck e estrutura o espaço.
Além disso, o desenho urbano da praça inclui a transição entre o nível da praça e o belvedere no começo da Avenida Niemeyer, 8,00 metros a cima.

Uma rampa circular possibilita esse percurso, de forma que se possa também desfrutar da vista. Hoje a transição se dá através de uma calçada estreita da Avenida. O projeto desses pequenos espaços garante qualidade para os espaços públicos e, se adotados de forma sistêmica, qualidade para toda a cidade.

Studio MK27

PRAÇA ZOZIMO AMARAL

local > rio de janeiro . rj . brasil
projeto > dezembro . 2010
terreno > 3000 m2
-
arquitetura > studio mk27
autor > marcio kogan
co-autor > gabriel kogan
equipe de projeto > carolina castroviejo
-
equipe do studio > diana radomysler . eduardo chalabi . eduardo glycerio . elisa friedmann . lair reis . luciana antunes . maria cristina motta . mariana simas . oswaldo pessano . renata furlanetto . samanta cafardo . suzana glogowski

A Praça Zózimo do Amaral localiza-se no extremo oeste da Praia do Leblon no Rio de Janeiro, no encontro das Avenidas Niemeyer, Delfim Moreira e da Rua Visconde de Albuquerque. Propomos para o lugar um deck que acompanha a topografia natural do terreno, projetando-se em direção ao Oceano Atlântico para alcançar uma bela vista da orla do Leblon e de Ipanema. Como sugestão de intervenção urbana procurou-se um desenho limpo e eficiente, com uso mínimo de elementos, especialmente elementos verticais que marcariam a paisagem. O espaço vazio é o estruturador do espaço público.

Para a permanência no lugar e estimulo de usos, foram criadas regiões de sombras através de duas linhas de árvores. Sob elas, dois bancos lineares são lugares convidativos para a leitura de um livro ou um piquenique.

Na parte Oeste da praça, o canal de águas não deve desaparecer e sim ser valorizado como um espaço tradicionalmente belo nas cidades históricas. Próximo do calçadão um bicicletário encerra a ciclovia das praias da zona sul. Em direção ao mar, o deck acompanha o leve declive do terreno com uma arquibancada e rampas laterais. Propõe-se que este espaço sirva como auditório a céu aberto, possivelmente como cinema: a tela e o projetor podem ser embutidos automaticamente no piso.

O vazio da praça pode ser preenchido pelos usos cotidianos e esporádicos. Um conjunto de mobiliário móvel estimula a permanência no lugar. Esses móveis ficam presos ao deck em ferragens específicas e podem ser reorganizados com uso de uma chave mestra. Essas travas de seguranças estão posicionadas modularmente ao longo da praça.

A iluminação esboçada sugere o uso dos próprios elementos da praça como refletores. As árvores rebatem a luz vinda do piso e os bancos tem uma linha de luz contínua. O mesmo acontece nos degraus da arquibancada. No final do píer, a iluminação vem de dentro do deck e estrutura o espaço.
Além disso, o desenho urbano da praça inclui a transição entre o nível da praça e o belvedere no começo da Avenida Niemeyer, 8,00 metros a cima.

Uma rampa circular possibilita esse percurso, de forma que se possa também desfrutar da vista. Hoje a transição se dá através de uma calçada estreita da Avenida. O projeto desses pequenos espaços garante qualidade para os espaços públicos e, se adotados de forma sistêmica, qualidade para toda a cidade.

Studio MK27