A relação entre moderno e colonial da Casa Du Plessis (2001-2003) reaparece na Casa da Bahia. O contexto ditou aqui as premissas do projeto: a relação com as casas “baianas” tradicionais, a implantação aproveitando o vento nordeste predominante e o uso de materiais locais – como as pedras e a madeira de demolição do forro da sala.

Por causa do calor de Salvador (média dos meses de verão é de aproximadamente 27ºC), o projeto procurou garantir o conforto térmico interno com baixos gastos energéticos. Os ambientes, por exemplo, têm painéis vazados de madeira que sombreiam o interior sem bloquear o ar fresco. Além disso, a organização do programa em torno do pátio – definido, sobretudo, para respeitar as três árvores mangueiras pré-existentes no centro e na frente do terreno – criaram uma planta propícia para a configuração de ventilação cruzada em todos os espaços.

Na sala, que se abre integralmente para o exterior nos dois lados e tem um pé direito mais alto que o resto da casa, o caixilho de madeira tem ventilação permanente na parte superior. Isso permitiu a redução do custo do elemento por causa da menor área de vidro, além da manutenção da ventilação mesmo quando a casa está fechada.

Essa solução da casa-pátio aparece tanto em construções coloniais como em obras modernas brasileiras, como a Casa Rothchild (1965) de Oscar Niemeyer.

Gabriel Kogan

CASA DA BAHIA

local > salvador . ba . brasil
projeto > fevereiro . 2007
conclusão > abril . 2009
terreno > 2.165 m2
área construída > 690 m2
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arquitetura e interiores> studio mk27
autor > marcio kogan
co-autoras > samanta cafardo . suzana glogowski
interiores > diana radomysler
equipe de arquitetura > henrique bustamante . oswaldo pessano . sergio ekerman
equipe de comunicação > mariana simas
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construtora > eng construtora
cálculo estrutural > v&n engenheiros associados
paisagismo > renata tilli
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fotógrafo > nelson kon

A relação entre moderno e colonial da Casa Du Plessis (2001-2003) reaparece na Casa da Bahia. O contexto ditou aqui as premissas do projeto: a relação com as casas “baianas” tradicionais, a implantação aproveitando o vento nordeste predominante e o uso de materiais locais – como as pedras e a madeira de demolição do forro da sala.

Por causa do calor de Salvador (média dos meses de verão é de aproximadamente 27ºC), o projeto procurou garantir o conforto térmico interno com baixos gastos energéticos. Os ambientes, por exemplo, têm painéis vazados de madeira que sombreiam o interior sem bloquear o ar fresco. Além disso, a organização do programa em torno do pátio – definido, sobretudo, para respeitar as três árvores mangueiras pré-existentes no centro e na frente do terreno – criaram uma planta propícia para a configuração de ventilação cruzada em todos os espaços.

Na sala, que se abre integralmente para o exterior nos dois lados e tem um pé direito mais alto que o resto da casa, o caixilho de madeira tem ventilação permanente na parte superior. Isso permitiu a redução do custo do elemento por causa da menor área de vidro, além da manutenção da ventilação mesmo quando a casa está fechada.

Essa solução da casa-pátio aparece tanto em construções coloniais como em obras modernas brasileiras, como a Casa Rothchild (1965) de Oscar Niemeyer.

Gabriel Kogan