Os projeto do mk27 partem frequentemente de apenas um elemento – definido por um único traço – para criar sentido regulador na organização da planta e dali desdobrar todo o desenho arquitetônico.

Na Casa C+C esse elemento é uma parede longitudinal no terreno, locada próxima ao centro do lote. A empena – revestida em Freijó ripado – separa a entrada social da garagem; a sala de estar da cozinha e serviços; a circulação dos locais de permanência. Além disso, essa parede, juntamente com o muro leste de divisa do terreno, também na mesma madeira, apoia o volume superior, onde ficam os quartos.

Esse volume sobre o vazio da sala é configurado por uma espécie de túnel de madeira. Na fachada branca do primeiro andar há uma janela escamoteada, praticamente invisível quando fechada. Essa solução – análoga às portas camarão presentes em projetos anteriores do estúdio – revela-se especialmente delicada por causa da ausência de qualquer moldura nas bordas do elemento móvel.

A Casa C+C marca um retorno à investigação do mk27 em torno da ideia de townhouses – habitações urbanas em lotes estreitos e compridos com alinhamentos laterais rentes as divisas –, como a Casa D (2007-2010). É uma solução clássica para os típicos lotes paulistanos, finos e compridos: para garantir uma apreensão total do lote e a integração entre o dentro e o fora, o eixo longitudinal é reforçado com a empena e a consequente organização da planta.

Gabriel Kogan

CASA C+C

local > são paulo. sp . brasil
projeto > setembro . 2011
conclusão > junho . 2015
terreno > 550 m2
área construída > 513 m2
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arquitetura e interiores> studio mk27
autor > marcio kogan
co-autora > samanta cafardo
interiores > diana radomysler
equipe de arquitetura > ricardo ariza
equipe de interiores > eline ostyn
equipe de comunicação > carlos costa . laura guedes . mariana simas
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construtora > lock engenharia
engenharia estrutural > benedictis engenharia
paisagismo > rodrigo oliveira
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fotógrafo > fernando guerra

Os projeto do mk27 partem frequentemente de apenas um elemento – definido por um único traço – para criar sentido regulador na organização da planta e dali desdobrar todo o desenho arquitetônico.

Na Casa C+C esse elemento é uma parede longitudinal no terreno, locada próxima ao centro do lote. A empena – revestida em Freijó ripado – separa a entrada social da garagem; a sala de estar da cozinha e serviços; a circulação dos locais de permanência. Além disso, essa parede, juntamente com o muro leste de divisa do terreno, também na mesma madeira, apoia o volume superior, onde ficam os quartos.

Esse volume sobre o vazio da sala é configurado por uma espécie de túnel de madeira. Na fachada branca do primeiro andar há uma janela escamoteada, praticamente invisível quando fechada. Essa solução – análoga às portas camarão presentes em projetos anteriores do estúdio – revela-se especialmente delicada por causa da ausência de qualquer moldura nas bordas do elemento móvel.

A Casa C+C marca um retorno à investigação do mk27 em torno da ideia de townhouses – habitações urbanas em lotes estreitos e compridos com alinhamentos laterais rentes as divisas –, como a Casa D (2007-2010). É uma solução clássica para os típicos lotes paulistanos, finos e compridos: para garantir uma apreensão total do lote e a integração entre o dentro e o fora, o eixo longitudinal é reforçado com a empena e a consequente organização da planta.

Gabriel Kogan