O programa proposto do edifício foi divido em dois grupos definidos: as habitações privadas e o edifício público.

Essa divisão definiu, já inicialmente, uma configuração da implantação no terreno. As habitações foram tratadas como espaços separados, dando privacidade aos moradores, reunidas na parte oeste do terreno.

Os lotes foram divididos de forma delicada com um grande jardim que determina com precisão visualmente e espacialmente cada casa. A chancelaria ocupou a porção leste do terreno, tratada de forma contínua, onde foi disposto um edifício monolítico e um segundo volume puro, uma cúpula semi-enterrada.

O grande volume da Chancelaria repousa sobre um espelho d’água. O exterior desse edifício indica a solenidade exigida pelo programa e é um comentário sobre a relação entre a construção do espaço habitável e o desenho das águas. O espelho penetra o edifício e aumenta o conforto ambiental do clima seco de Brasília.

O jardim aqui, inteiramente aquático, é uma leitura radical que invoca com ares tropicais, no país de milhões de rios, a antiga construção árabe da paisagem, dos jardins islâmicos construídos pelo desenho das águas. O grande espelho d’água é também uma analogia poética do Mar Pérsico que banha o Kuwait.

Externamente o edifício da Chancelaria tem uma pele de elementos vazados de concreto, com desenho espacial desenvolvido pelo artista americano Erwin Hauer. Esses elementos, que remetem-se aos muxarabis árabes, conferem grande qualidade térmica para o edifício porque sombream os vidros sem diminuir a ventilação.

Emergindo desse espelho d’água, a cúpula dourada, revestida com pastilhas comporta um programa central, tanto simbolicamente quanto funcionalmente: o Dewan. Do exterior entende-se a importância programática da cúpula que se destaca do paralelepípedo puro do grande edifício da chancelaria. Além de invocar a imagem de espaços sagrados, que convergem para um único ponto, a cúpula invoca a construção típica dos índio, a oca, que Oscar Niemeyer reinterpreta de forma moderna tanto no Parque Ibirapuera, quanto no próprio Congresso Nacional de Brasília.

Por dentro, a cúpula é uma espécie de abóboda celeste, um espaço acolhedor.

Funcionalmente o conjunto da Chancelaria é divido em dois conjuntos internos, além do Dewan que se conecta também com a casa do embaixador.

A entrada do grande edifício é feita por um amplo hall de pé-direito triplo que distribui toda a circulação. No setor Oeste do edifício, a partir do hall, pode-se acessar o consulado; já o setor Leste comporta o programa da embaixada.

A circulação vertical pode ser usada para acessar diretamente os espaços de reunião, recepção e festa: o Dewan, que está no andar infeiror, e o grande salão, que fica no último andar, em um volume suspenso. O hall de entrada é um grande hub de distribuição de todo o programa da Chancelaria.

Studio MK27

EMBAIXADA KWAIT

PROJETO REALIZADO PARA CONCURSO
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local > brasilia . df . brasil
projeto > junho . 2010
terreno > 20.000 m2
área construída > 15.000 m2
-
arquitetura > studio mk27
autor > marcio kogan
co-autores > carolina castroviejo . eduardo chalabi . gabriel kogan . mariana simas . renata furlanetto

O programa proposto do edifício foi divido em dois grupos definidos: as habitações privadas e o edifício público.

Essa divisão definiu, já inicialmente, uma configuração da implantação no terreno. As habitações foram tratadas como espaços separados, dando privacidade aos moradores, reunidas na parte oeste do terreno.

Os lotes foram divididos de forma delicada com um grande jardim que determina com precisão visualmente e espacialmente cada casa. A chancelaria ocupou a porção leste do terreno, tratada de forma contínua, onde foi disposto um edifício monolítico e um segundo volume puro, uma cúpula semi-enterrada.

O grande volume da Chancelaria repousa sobre um espelho d’água. O exterior desse edifício indica a solenidade exigida pelo programa e é um comentário sobre a relação entre a construção do espaço habitável e o desenho das águas. O espelho penetra o edifício e aumenta o conforto ambiental do clima seco de Brasília.

O jardim aqui, inteiramente aquático, é uma leitura radical que invoca com ares tropicais, no país de milhões de rios, a antiga construção árabe da paisagem, dos jardins islâmicos construídos pelo desenho das águas. O grande espelho d’água é também uma analogia poética do Mar Pérsico que banha o Kuwait.

Externamente o edifício da Chancelaria tem uma pele de elementos vazados de concreto, com desenho espacial desenvolvido pelo artista americano Erwin Hauer. Esses elementos, que remetem-se aos muxarabis árabes, conferem grande qualidade térmica para o edifício porque sombream os vidros sem diminuir a ventilação.

Emergindo desse espelho d’água, a cúpula dourada, revestida com pastilhas comporta um programa central, tanto simbolicamente quanto funcionalmente: o Dewan. Do exterior entende-se a importância programática da cúpula que se destaca do paralelepípedo puro do grande edifício da chancelaria. Além de invocar a imagem de espaços sagrados, que convergem para um único ponto, a cúpula invoca a construção típica dos índio, a oca, que Oscar Niemeyer reinterpreta de forma moderna tanto no Parque Ibirapuera, quanto no próprio Congresso Nacional de Brasília.

Por dentro, a cúpula é uma espécie de abóboda celeste, um espaço acolhedor.

Funcionalmente o conjunto da Chancelaria é divido em dois conjuntos internos, além do Dewan que se conecta também com a casa do embaixador.

A entrada do grande edifício é feita por um amplo hall de pé-direito triplo que distribui toda a circulação. No setor Oeste do edifício, a partir do hall, pode-se acessar o consulado; já o setor Leste comporta o programa da embaixada.

A circulação vertical pode ser usada para acessar diretamente os espaços de reunião, recepção e festa: o Dewan, que está no andar infeiror, e o grande salão, que fica no último andar, em um volume suspenso. O hall de entrada é um grande hub de distribuição de todo o programa da Chancelaria.

Studio MK27