Um antigo galpão industrial no centro do Rio de Janeiro se tornará em breve um complexo educacional e cultural multiuso vinculado ao Theatro Municipal.

O projeto, chamado Fábrica de Espetáculo, é um retrofit de uma indústria de 1918 preservada pelo patrimônio histórico. Essa intervenção faz parte do conjunto de obras do Porto Olímpico, que remodela a cidade para o evento esportivo de 2016.

Três atividades convivem no mesmo edifício: uma escola de formação de técnicos do Theatro (1), um centro de produção de elementos cênicos dos espetáculos (2) e o museu (3) – este último voltado a visitantes interessados em conhecer a produção e a história da instituição.

O projeto arquitetônico desenvolve-se então com uma organização programática clara para as diferentes atividades, apresentando uma[para evitar o com… com…] divisão entre blocos independentes e andares. Enquanto a frente norte na Avenida Rodrigues Alves recebe o grande público; a entrada Leste na Rua Antônio Laje funciona para os usuários cotidianos do edifício, incluindo os estudantes e funcionários-artesãos. Uma futura expansão projetada no lado oeste será um palco de testes dos elementos produzidos no centro.

Da entrada principal de livre acesso feita por um átrio de 10X66 metros, os visitantes podem observar a produção dos elementos cênicos. Vidros fazem transparecer assim os ateliês de pintura, serralheria, mecânica, carpintaria e adereços. Expõe-se para os visitantes do edifício o saber-fazer; a produção manual e o trabalho por trás das cortinas na montagem de cada peça. Desse espaço parte uma rampa que cria uma promenade interna, com vistas para os ambientes de produção.

A circulação chega até o terceiro andar onde há uma praça coberta de 60×27 metros com lounge, mesas de trabalho, biblioteca, área de exposições e café.

Escadas e elevadores fazem a circulação vertical para o programa de acesso restrito – a escola e os ateliês. Além dos estúdios no térreo, há oficinas no primeiro e quarto pisos.

Tornando também transparente para os visitantes o processo manual de produção, o último andar abriga um ateliê de costura com vista para o espaço de uso público do terceiro andar. Como principal intervenção contemporânea, novos volumes prismáticos empilhados dialogam com o galpão sem interferir na bela estrutura do telhado existente.

Os materiais utilizados, como vidro, concreto aparente, painéis laminados e madeira buscaram também criar uma diferenciação entre a arquitetura industrial histórica, com sua estrutura original em aço, e as construções contemporâneas.

Studio MK27

TEATRO MUNICIPAL

local > rio de janeiro . rj . brasil
projeto > novembro . 2011
-
arquitetura > studio mk27
autor > marcio kogan
co-autores > giovanni meirelles . lair reis
equipe de projeto > andre costa . beatriz meyer . carolina bueno . carolina castroviejo . flavia maritan . luciana antunes
equipe de comunicação > carlos costa . laura guedes . mariana simas
-
render > miguel muralha

Um antigo galpão industrial no centro do Rio de Janeiro se tornará em breve um complexo educacional e cultural multiuso vinculado ao Theatro Municipal.

O projeto, chamado Fábrica de Espetáculo, é um retrofit de uma indústria de 1918 preservada pelo patrimônio histórico. Essa intervenção faz parte do conjunto de obras do Porto Olímpico, que remodela a cidade para o evento esportivo de 2016.

Três atividades convivem no mesmo edifício: uma escola de formação de técnicos do Theatro (1), um centro de produção de elementos cênicos dos espetáculos (2) e o museu (3) – este último voltado a visitantes interessados em conhecer a produção e a história da instituição.

O projeto arquitetônico desenvolve-se então com uma organização programática clara para as diferentes atividades, apresentando uma[para evitar o com… com…] divisão entre blocos independentes e andares. Enquanto a frente norte na Avenida Rodrigues Alves recebe o grande público; a entrada Leste na Rua Antônio Laje funciona para os usuários cotidianos do edifício, incluindo os estudantes e funcionários-artesãos. Uma futura expansão projetada no lado oeste será um palco de testes dos elementos produzidos no centro.

Da entrada principal de livre acesso feita por um átrio de 10X66 metros, os visitantes podem observar a produção dos elementos cênicos. Vidros fazem transparecer assim os ateliês de pintura, serralheria, mecânica, carpintaria e adereços. Expõe-se para os visitantes do edifício o saber-fazer; a produção manual e o trabalho por trás das cortinas na montagem de cada peça. Desse espaço parte uma rampa que cria uma promenade interna, com vistas para os ambientes de produção.

A circulação chega até o terceiro andar onde há uma praça coberta de 60×27 metros com lounge, mesas de trabalho, biblioteca, área de exposições e café.

Escadas e elevadores fazem a circulação vertical para o programa de acesso restrito – a escola e os ateliês. Além dos estúdios no térreo, há oficinas no primeiro e quarto pisos.

Tornando também transparente para os visitantes o processo manual de produção, o último andar abriga um ateliê de costura com vista para o espaço de uso público do terceiro andar. Como principal intervenção contemporânea, novos volumes prismáticos empilhados dialogam com o galpão sem interferir na bela estrutura do telhado existente.

Os materiais utilizados, como vidro, concreto aparente, painéis laminados e madeira buscaram também criar uma diferenciação entre a arquitetura industrial histórica, com sua estrutura original em aço, e as construções contemporâneas.

Studio MK27