Projetada seis meses antes da Casa Toblerone (e concluída nove meses depois), a Casa P se contrapõe aos pressupostos de clareza e simplicidade estrutural relevantes para os projetos posteriores do mk27, o que explicita a dimensão transitória desse período.

Enquanto a Casa Toblerone inicia uma nova fase com um projeto arquétipo da racionalidade estrutural, a Casa P encerra o período anterior com virtuosismo sobre as possibilidades de complexos sistemas de balanços e vãos em estruturas que ‘magicamente’ desaparecem por meio de suas várias transições de pilares.

Nesse ousado exercício de empilhamento de caixas prismáticas, a Casa P parece um jogo de encaixe e equilíbrio baseado na rotação de três volumes ao redor de um núcleo que acaba por gerar diferentes relações visuais entre os cheios e os vazios, entre as áreas privadas e coletivas, entre a casa e as vistas para a cidade. Esse núcleo, além de organizar a volumetria, funciona como circulação vertical e viabiliza o partido estrutural.

A caixa dos quartos, no segundo andar, projeta-se para os dois lados da caixa térrea da sala. De um lado, o balanço acolhe a entrada principal, do outro, sombreia o terraço. O movimento espiral continua com a terceira caixa lançada sobre o volume inferior para conformar uma área de sombra no deck defronte da suíte principal.

Gabriel Kogan

CASA P

local > são paulo . sp . brasil
projeto > julho . 2007
conclusão > julho . 2012
terreno > 1240 m2
área construída > 773 m2
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arquitetura e interiores> studio mk27
autor > marcio kogan
co-autor > lair reis
interiores > diana radomysler
equipe de arquitetura > fernanda neiva . oswaldo pessano . suzana glogowski
equipe de interiores > carolina castroviejo
equipe de comunicação > carlos costa . laura guedes . mariana simas
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paisagismo > renata tilli
construtora > CPA
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fotógrafo > fernando guerra

Projetada seis meses antes da Casa Toblerone (e concluída nove meses depois), a Casa P se contrapõe aos pressupostos de clareza e simplicidade estrutural relevantes para os projetos posteriores do mk27, o que explicita a dimensão transitória desse período.

Enquanto a Casa Toblerone inicia uma nova fase com um projeto arquétipo da racionalidade estrutural, a Casa P encerra o período anterior com virtuosismo sobre as possibilidades de complexos sistemas de balanços e vãos em estruturas que ‘magicamente’ desaparecem por meio de suas várias transições de pilares.

Nesse ousado exercício de empilhamento de caixas prismáticas, a Casa P parece um jogo de encaixe e equilíbrio baseado na rotação de três volumes ao redor de um núcleo que acaba por gerar diferentes relações visuais entre os cheios e os vazios, entre as áreas privadas e coletivas, entre a casa e as vistas para a cidade. Esse núcleo, além de organizar a volumetria, funciona como circulação vertical e viabiliza o partido estrutural.

A caixa dos quartos, no segundo andar, projeta-se para os dois lados da caixa térrea da sala. De um lado, o balanço acolhe a entrada principal, do outro, sombreia o terraço. O movimento espiral continua com a terceira caixa lançada sobre o volume inferior para conformar uma área de sombra no deck defronte da suíte principal.

Gabriel Kogan