Como intervir em um lugar tão poderoso e qual tipo de relação a arquitetura pode estabelecer com a natureza nessa situação? Chegando de barco na praia onde fica a Casa Paraty, a arquitetura demora a surgir no meio da densa mata. Esse aspecto é dificilmente representado pelas fotografias. Ao mesmo tempo em que a arquitetura busca se afastar da natureza como um gesto artificial, ela se torna parte da paisagem.

Assim, se por um lado a Casa Paraty constrói uma segunda natureza –em concreto e vidro, por outro, a vegetação tropical da região envolve a obra com facilidade, mimetizando a construção. A relação dialética entre homem-natureza é o próprio radicalismo desse projeto.

Mesmo aliada à sofisticação de cálculo estrutural, a organização do programa obedece a um esquema simples. No volume de concreto inferior estão as áreas coletivas e de serviço; no prisma superior – com 8 metros de balanço e 27 m de vão – ficam os quartos.
Um único pilar – exposto em um andar-interlúdio de conexão, encapsulado por vidro – organiza a circulação vertical e revela segredos estruturais.

Os interiores receberam coleções de arte do cliente, sobretudo do pop brasileiro dos anos 70, e de móveis do século 20 desenhados, entre outros, por George Nakashima, Luis Barragan, Lina Bo Bardi, Sérgio Rodrigues, Joaquim Tenreiro e José Zanine Caldas.

Projetos anteriores já haviam dado projeção para o mk27 fora do Brasil, mas é a Casa Paraty que abre as principais portas para uma internacionalização do escritório por causa da sua vasta publicação pelo mundo.

Gabriel Kogan

CASA PARATY

local > paraty . rj . brasil
projeto > agosto . 2006
conclusão > maio . 2009
area do terreno > 235.000 m2
area construída > 840 m2
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arquitetura e interiores> studio mk27
autor > marcio kogan
co-autor > suzana glogowski
interiores > diana radomysler
equipe de arquitetura > lair reis
equipe de interiores > carolina castroviejo
equipe de comunicação > mariana simas
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construtora > lock engenharia
cálculo estrutural > sf engenharia
paisagismo > gil fialho
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fotógrafo > gabriel arantes . nelson kon . reinaldo coser

Como intervir em um lugar tão poderoso e qual tipo de relação a arquitetura pode estabelecer com a natureza nessa situação? Chegando de barco na praia onde fica a Casa Paraty, a arquitetura demora a surgir no meio da densa mata. Esse aspecto é dificilmente representado pelas fotografias. Ao mesmo tempo em que a arquitetura busca se afastar da natureza como um gesto artificial, ela se torna parte da paisagem.

Assim, se por um lado a Casa Paraty constrói uma segunda natureza –em concreto e vidro, por outro, a vegetação tropical da região envolve a obra com facilidade, mimetizando a construção. A relação dialética entre homem-natureza é o próprio radicalismo desse projeto.

Mesmo aliada à sofisticação de cálculo estrutural, a organização do programa obedece a um esquema simples. No volume de concreto inferior estão as áreas coletivas e de serviço; no prisma superior – com 8 metros de balanço e 27 m de vão – ficam os quartos.
Um único pilar – exposto em um andar-interlúdio de conexão, encapsulado por vidro – organiza a circulação vertical e revela segredos estruturais.

Os interiores receberam coleções de arte do cliente, sobretudo do pop brasileiro dos anos 70, e de móveis do século 20 desenhados, entre outros, por George Nakashima, Luis Barragan, Lina Bo Bardi, Sérgio Rodrigues, Joaquim Tenreiro e José Zanine Caldas.

Projetos anteriores já haviam dado projeção para o mk27 fora do Brasil, mas é a Casa Paraty que abre as principais portas para uma internacionalização do escritório por causa da sua vasta publicação pelo mundo.

Gabriel Kogan