A Casa Plana é um exercício de radicalização da horizontalidade, comumente explorada nos projetos do studio. Discretamente inserida a favor das curvas de nível e na cota mais alta do terreno, sua presença se dá mais fortemente em planta, do que volumetricamente. Uma linha extensa numa paisagem descampada.
A presença em planta na paisagem exigiu atenção e cuidado com o desenho da cobertura, a quinta fachada do edifício. Um exercício de composição e escolha seletiva dos equipamentos que seriam colocados ali, como as placas solares e as janelas zenitais. A laje tem cobertura verde, mimetizando o gramado ao redor, e contribuindo para o conforto térmico da casa.

Estruturalmente, a laje é uma plataforma rígida, que não está apoiada sobre vigas, mas diretamente sobre os pilares distribuídos modularmente em três eixos. Os pilares metálicos, em forma de cruz, são uma homenagem à arquitetura miesiana, de proporções elegantes.

Sob a cobertura estão contidas duas caixas programáticas, a primeira com serviços, academia, salas de tv e brinquedos e a segunda com cinco suítes. As salas de estar são os espaços das extremidades que podem ser completamente abertos, com painéis de correr de vidro, transformando toda a casa em terraço. Os interiores são preenchidos por móveis baixos e maciços e o lay-out dos ambientes não encosta nos painéis das caixas, deixando espaço para uma circulação fluída e permitindo uma leitura individualizada de cada peça. Pontualmente, uma poltrona colorida e transparente pendurada na laje, contrasta com a horizontalidade da casa e cria um foco de atenção.

Ao redor da rigorosa distribuição formal, desenvolve-se gestualmente um elemento vertical sinuoso de tijolos maciços com cheios e vazios. Paradoxalmente, ele define diferentes relações entre o espaço interno e externo. O muro, que em geral é símbolo de divisão e isolamento, no projeto se apresenta ora côncavo, ora convexo, abraça o jardim da entrada e cria transparências, mas também proteção para a chegada da rua. Sua textura de tijolos contribui uma atmosfera acolhedora e gera filtros de luz com efeitos cinéticos ao passar do dia.

A Casa Plana obteve o nível de Certificação Ouro, conforme diretrizes estabelecidas no Guia Referencial GBC Brasil Casa.
Studio MK27

CASA PLANA

local > porto feliz . sp. brasil
projeto > agosto . 2013
conclusão > fevereiro . 2018
terreno > 7.000 m2
área construída > 1.000 m2
-
arquitetura e interiores > studio mk27
autor > marcio kogan
co-autor > lair reis
interiores > diana radomysler
equipe de arquitetura > carolina castroviejo. oswaldo pessano . raquel reznicek . ricardo ariza
equipe de interiores > mariana ruzante . renato périgo
equipe de comunicação > carlos costa . laura guedes . mariana simas . tamara lichtenstein
-
engenharia estrutural > afaconsult
construtora > fairbanks & pilnik
paisagismo > maria joão d'orey
-
fotógrafo > fernando guerra

A Casa Plana é um exercício de radicalização da horizontalidade, comumente explorada nos projetos do studio. Discretamente inserida a favor das curvas de nível e na cota mais alta do terreno, sua presença se dá mais fortemente em planta, do que volumetricamente. Uma linha extensa numa paisagem descampada.
A presença em planta na paisagem exigiu atenção e cuidado com o desenho da cobertura, a quinta fachada do edifício. Um exercício de composição e escolha seletiva dos equipamentos que seriam colocados ali, como as placas solares e as janelas zenitais. A laje tem cobertura verde, mimetizando o gramado ao redor, e contribuindo para o conforto térmico da casa.

Estruturalmente, a laje é uma plataforma rígida, que não está apoiada sobre vigas, mas diretamente sobre os pilares distribuídos modularmente em três eixos. Os pilares metálicos, em forma de cruz, são uma homenagem à arquitetura miesiana, de proporções elegantes.

Sob a cobertura estão contidas duas caixas programáticas, a primeira com serviços, academia, salas de tv e brinquedos e a segunda com cinco suítes. As salas de estar são os espaços das extremidades que podem ser completamente abertos, com painéis de correr de vidro, transformando toda a casa em terraço. Os interiores são preenchidos por móveis baixos e maciços e o lay-out dos ambientes não encosta nos painéis das caixas, deixando espaço para uma circulação fluída e permitindo uma leitura individualizada de cada peça. Pontualmente, uma poltrona colorida e transparente pendurada na laje, contrasta com a horizontalidade da casa e cria um foco de atenção.

Ao redor da rigorosa distribuição formal, desenvolve-se gestualmente um elemento vertical sinuoso de tijolos maciços com cheios e vazios. Paradoxalmente, ele define diferentes relações entre o espaço interno e externo. O muro, que em geral é símbolo de divisão e isolamento, no projeto se apresenta ora côncavo, ora convexo, abraça o jardim da entrada e cria transparências, mas também proteção para a chegada da rua. Sua textura de tijolos contribui uma atmosfera acolhedora e gera filtros de luz com efeitos cinéticos ao passar do dia.

A Casa Plana obteve o nível de Certificação Ouro, conforme diretrizes estabelecidas no Guia Referencial GBC Brasil Casa.
Studio MK27