De onde surge um partido de um projeto? Das condições do terreno, da relação entre o programa e as leis, do clima local? A coleção de arte africana do cliente determinou aqui algumas premissas fundamentais da Casa da Rampa, especialmente a partir da intenção inicial dos proprietários em transformar o lugar futuramente em uma fundação cultural.

O projeto então vinculou uma experiência expositiva a um promenade arquitetônico no qual máscaras antigas se fundem com objetos cotidianos. Banhada pela luz do sol de uma abertura zenital, a rampa de 25.50 metros de comprimento e 1.20 metros de largura corporifica esse conceito e conecta o térreo da sala com o primeiro andar dos quartos por meio de uma experiência arquitetônica fluída.

Em diálogo com a tradição moderna e colonial brasileira, a varanda de 4 metros de largura – sob o balaço e de fronte para o jardim – funciona como um interlúdio entre exterior e interior. A continuidade espacial entre sala e jardim, ganha forma também na própria fachada: a madeira externa dobra-se para o interior para virar o próprio forro que, por sua vez, se dobra novamente como revestimento no hall da rampa.

Essa construção tridimensional de faces compõe a estrutura e a volumetria da casa: uma caixa projetando-se em balanço sustentada por densas paredes laterais de concreto aparente que trabalham em conjunto com pilares racionalmente distribuídos para viabilizar os vãos de 9,70 metros.

Gabriel Kogan

CASA RAMPA

local > são paulo . sp . brasil
projeto > agosto . 2011
conclusão > novembro . 2015
terreno > 1350 m2
área construída > 950 m2
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arquitetura e interiores > studio mk27
autor > marcio kogan
co-autora > renata furlanetto
interiores > diana radomysler
equipe de arquitetura > eduardo glycerio . fernanda neiva
equipe de interiores > eline ostyn . mariana ruzante
equipe de comunicação > carlos costa . laura guedes . mariana simas
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construtora > all'e engenharia
engenharia estrutural > leão e associados engenharia de estruturas
paisagismo > isabel duprat
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fotografia > fernando guerra . romulo fialdini

De onde surge um partido de um projeto? Das condições do terreno, da relação entre o programa e as leis, do clima local? A coleção de arte africana do cliente determinou aqui algumas premissas fundamentais da Casa da Rampa, especialmente a partir da intenção inicial dos proprietários em transformar o lugar futuramente em uma fundação cultural.

O projeto então vinculou uma experiência expositiva a um promenade arquitetônico no qual máscaras antigas se fundem com objetos cotidianos. Banhada pela luz do sol de uma abertura zenital, a rampa de 25.50 metros de comprimento e 1.20 metros de largura corporifica esse conceito e conecta o térreo da sala com o primeiro andar dos quartos por meio de uma experiência arquitetônica fluída.

Em diálogo com a tradição moderna e colonial brasileira, a varanda de 4 metros de largura – sob o balaço e de fronte para o jardim – funciona como um interlúdio entre exterior e interior. A continuidade espacial entre sala e jardim, ganha forma também na própria fachada: a madeira externa dobra-se para o interior para virar o próprio forro que, por sua vez, se dobra novamente como revestimento no hall da rampa.

Essa construção tridimensional de faces compõe a estrutura e a volumetria da casa: uma caixa projetando-se em balanço sustentada por densas paredes laterais de concreto aparente que trabalham em conjunto com pilares racionalmente distribuídos para viabilizar os vãos de 9,70 metros.

Gabriel Kogan